Segundo a Revista Forbes, a Groupon é a empresa online com maior crescimento da história, à frente do Facebook e da Amazon (só para citar alguns exemplos de grande sucesso). Em apenas 1 ano a empresa passou de 1,5 milhões de utilizadores para cerca de 40 milhões.
Quem utiliza a Internet certamente que já ouviu falar a Groupon, e de certeza já se deparou com anúncios adwords e banners de publicidade desta empresa, até porque a Groupon tem apostado forte em publicidade via adwords e também através de plataformas de afiliação (como por exemplo a Netaffiliation).
Um pouco de história
A Groupon foi fundada em 2008 por Andrew Mason (um jovem na casa dos 30 anos), e já mereceu a atenção do Google que tentou comprar a empresa por cerca de 4,5 mil milhões de euros (cerca de 6 mil milhões de dólares), no entanto a proposta foi recusada.
Esta história de sucesso iniciou-se em 2007 quando Andrew Mason fundou uma companhia (The Point) que reunia pessoas com causas comuns e alojava petições na Internet. Cerca de 1 ano depois, e para tentar rentabilizar a The Point surgiu a ideia das compras coletivas.
A Ideia multimilionária
A ideia que levou a Groupon ao sucesso foi o conceito das compras coletivas. Trata-se de um conceito / forma de negócio que obriga a juntar um nº mínimo de pessoas interessadas num determinado produto / serviço para assim obter descontos que podem chegar aos 60, 70 ou até mesmo 80%.
O modelo de negócio da Groupon
O modelo de negócio da Groupon centra-se basicamente em 3 etapas:
1.A pessoa regista-se no site da Groupon e partir desse momento passa a receber a promoção ou promoções disponíveis em cada dia.
2.Caso alguma das promoções lhe interesse, essa pessoa manifesta a sua intenção de compra e efetua o pagamento.
3.A transacção apenas fica concluída caso o site obtenha o nº mínimo de clientes exigido pelo anunciante. Caso isso aconteça o dinheiro é descontado da conta do utilizador e a compra é confirmada.
O sucesso galopante deste modelo de negócio já levou à criação de pelos menos 4 “clones” a atuar em Portugal – as portuguesas: Goodlife, Compra Comigo, Cardume e a ibérica Letsbonus, sendo que algumas destas também já têm campanhas ativas na Netaffiliation e outras plataformas de afiliação.
Conclusão
A Groupon é mais uma prova provada que boas ideias podem gerar lucros astronómicos.
Mas não basta ter boas ideias… É preciso concretizá-las, passar à ação!
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Aumento do poder aquisitivo aquece setor imobiliário
O comportamento do consumidor brasileiro mudou nos últimos anos. De acordo com dados da pesquisa "O Observador 2011", divulgada no início do ano, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs, houve uma migração de 19 milhões de brasileiros para a classe C em 2010, representando no total 101 milhões de pessoas. Esta mudança modificou o formato da pirâmide social e fez com que a classe C se tornasse dominante, abarcando 53% das pessoas. As classes A e B também aumentaram a participação na pirâmide social, quando cerca de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior pode aquisitivo.
A mudança do poder aquisitivo e no padrão de consumo das classes A, B e C tem aumentado nos últimos anos e vem aquecendo a economia. O mercado imobiliário é o que mais se beneficia com esta mudança. Em João Pessoa, mais pessoas alojadas nessas classes estão adquirindo imóveis próprios e saindo do aluguel. "É indiscutível que muito mais pessoas estão pensando em ter um imóvel próprio. Este panorama não era perceptível há alguns anos atrás. São pessoas recém casadas, em carreiras sólidas, que já fizeram suas economias e investem em sua primeira moradia", afirma Paulino Teixeira de Carvalho, da Teixeira de Carvalho Imóveis.
Obedecendo a esta mudança de comportamento do consumidor, duas grandes empresas do ramo imobiliário de João Pessoa fortaleceram uma parceria para oferecer empreendimentos de médio e grande porte para o mercado em expansão que tem se apresentado nos últimos anos na capital.
A parceria de sucesso entre Teixeira de Carvalho e a Meta Empreendimentos foi responsável pelo lançamento do Edifício Arizona, que já está com 80% das unidades vendidas. "São duas empresas sérias que confiam no mercado imobiliário paraibano. Temos *know-how *no assunto e muita credibilidade no mercado. É por isso que nossa parceria está dando certo e será mantida em diversos empreendimentos", disse Bruno Mendonça.
Em ritmo acelerado de construção, o Edifício Arizona, localizado no Altiplano, é um empreendimento imponente no mercado com mais de 10 mil m² de terreno e com a maior área de lazer do bairro. Fruto da parceria com as duas empresas, um dos pontos fortes para o empreendimento ter se tornado sucesso de vendas é a oferta da melhor forma de pagamento para seus clientes em potencial, além do projeto diferenciado e localização privilegiada. "Oferecemos aos nossos clientes o maior financiamento do mercado, em dez anos para todos os nossos empreendimentos, direto com a construtora. É assim que fidelizamos os nossos clientes, além de cobrar o menor preço pelo metro quadrado", afirma Bruno.
Depois do sucesso da parceria, mais dois empreendimentos estão com obras aceleradas, agora no bairro do Bessa, o Edifício Columbia e o Indiana. Com o projeto de Alexandre Lessa, o Columbia chega ao mercado oferecendo um acabamento de luxo, com piso dos apartamentos em porcelanato, na melhor localização do Bessa. Serão duas torres com dois apartamentos por andar, três quartos sendo uma suíte e banheiro, além de possuir área de lazer completa.
"Estaremos lançando, em breve, outros dois empreendimentos da Meta e temos facilidade na venda de qualquer empreendimento devido ao longo prazo de financiamento oferecido pela construtora, além de projetos diferenciados, bem localizados, com preço competitivo do metro quadrado, além da credibilidade que a Meta possui no mercado", afirma Paulino, lembrando que junto com o Columbia, o Edifício Indiana também será entregue no mesmo bairro, somando 140 unidades. O Indiana também está localizado em área nobre do Bessa, perto de escolas, shoppings e supermercados, além das ruas em torno do prédio serem saneadas.
De acordo com Bruno Mendonça, com um mercado imobiliário aquecido e bairros com grande potencial de crescimento, a construtora faz questão de investir na capital. "A Meta é um empresa que acredita em João Pessoa. A prova disso é que 100% dos nossos empreendimentos são construídos na capital. Nunca fomos para outros estados vizinhos. Fomos pioneiros no bairro do Bessa, onde entregamos, em 2010, 140 unidades do Edifício Madison e, até o final do ano, entregaremos mais um, o Edifício Montana, com mais 100 unidades", confirma o diretor da Meta.
A mudança do poder aquisitivo e no padrão de consumo das classes A, B e C tem aumentado nos últimos anos e vem aquecendo a economia. O mercado imobiliário é o que mais se beneficia com esta mudança. Em João Pessoa, mais pessoas alojadas nessas classes estão adquirindo imóveis próprios e saindo do aluguel. "É indiscutível que muito mais pessoas estão pensando em ter um imóvel próprio. Este panorama não era perceptível há alguns anos atrás. São pessoas recém casadas, em carreiras sólidas, que já fizeram suas economias e investem em sua primeira moradia", afirma Paulino Teixeira de Carvalho, da Teixeira de Carvalho Imóveis.
Obedecendo a esta mudança de comportamento do consumidor, duas grandes empresas do ramo imobiliário de João Pessoa fortaleceram uma parceria para oferecer empreendimentos de médio e grande porte para o mercado em expansão que tem se apresentado nos últimos anos na capital.
A parceria de sucesso entre Teixeira de Carvalho e a Meta Empreendimentos foi responsável pelo lançamento do Edifício Arizona, que já está com 80% das unidades vendidas. "São duas empresas sérias que confiam no mercado imobiliário paraibano. Temos *know-how *no assunto e muita credibilidade no mercado. É por isso que nossa parceria está dando certo e será mantida em diversos empreendimentos", disse Bruno Mendonça.
Em ritmo acelerado de construção, o Edifício Arizona, localizado no Altiplano, é um empreendimento imponente no mercado com mais de 10 mil m² de terreno e com a maior área de lazer do bairro. Fruto da parceria com as duas empresas, um dos pontos fortes para o empreendimento ter se tornado sucesso de vendas é a oferta da melhor forma de pagamento para seus clientes em potencial, além do projeto diferenciado e localização privilegiada. "Oferecemos aos nossos clientes o maior financiamento do mercado, em dez anos para todos os nossos empreendimentos, direto com a construtora. É assim que fidelizamos os nossos clientes, além de cobrar o menor preço pelo metro quadrado", afirma Bruno.
Depois do sucesso da parceria, mais dois empreendimentos estão com obras aceleradas, agora no bairro do Bessa, o Edifício Columbia e o Indiana. Com o projeto de Alexandre Lessa, o Columbia chega ao mercado oferecendo um acabamento de luxo, com piso dos apartamentos em porcelanato, na melhor localização do Bessa. Serão duas torres com dois apartamentos por andar, três quartos sendo uma suíte e banheiro, além de possuir área de lazer completa.
"Estaremos lançando, em breve, outros dois empreendimentos da Meta e temos facilidade na venda de qualquer empreendimento devido ao longo prazo de financiamento oferecido pela construtora, além de projetos diferenciados, bem localizados, com preço competitivo do metro quadrado, além da credibilidade que a Meta possui no mercado", afirma Paulino, lembrando que junto com o Columbia, o Edifício Indiana também será entregue no mesmo bairro, somando 140 unidades. O Indiana também está localizado em área nobre do Bessa, perto de escolas, shoppings e supermercados, além das ruas em torno do prédio serem saneadas.
De acordo com Bruno Mendonça, com um mercado imobiliário aquecido e bairros com grande potencial de crescimento, a construtora faz questão de investir na capital. "A Meta é um empresa que acredita em João Pessoa. A prova disso é que 100% dos nossos empreendimentos são construídos na capital. Nunca fomos para outros estados vizinhos. Fomos pioneiros no bairro do Bessa, onde entregamos, em 2010, 140 unidades do Edifício Madison e, até o final do ano, entregaremos mais um, o Edifício Montana, com mais 100 unidades", confirma o diretor da Meta.
Estrangeiros já compram 10% dos imóveis
Cidades como Natal, Recife e Fortaleza deixaram de ser o alvo principal dos estrangeiros na procura por um imóvel com preços acessíveis. A declaração é do presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon), Irenaldo Quintans. A bola da vez é a capital paraibana, que atrai os turistas do exterior interessados em adquirir uma segunda residência para passar temporadas com a família. Entidades como Sinduscon e o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB) desconhecem o índice de crescimento das vendas do segmento, no entanto Quintans informou que a quantidade de estrangeiros que buscam imóveis em João Pessoa tem apresentado um crescimento considerável nos últimos cinco anos.
Além dos valores imobiliários mais baixos do que os registrados em outros litorais nordestinos, o clima e a tranqüilidade da cidade são os atrativos para que esses turistas se tornem investidores e visitantes assíduos.
Segundo o corretor Fábio Henrique, que presta serviço de consultoria de mercado para o Sinduscon-JP, o mercado imobiliário referente à venda de apartamentos em construção ou finalizados movimentou, de janeiro a julho deste ano, R$ 311,407 milhões, o equivalente a mais 1,5 mil unidades vendidas. Cerca de 10% desse montante é relativo a vendas para consumidores estrangeiros, ou seja, R$ 31 milhões. Em 2005, foram movimentados R$ 185 milhões e em 2007 o volume evoluiu para R$ 420 milhões. A expectativa do setor é que até o final deste ano, as vendas cheguem a R$ 700 milhões. “Os números correspondem apenas ao segmento de lançamento de prédios em construção ou concluídos. Os valores são muito maiores pois existem as vendas por particulares e pelas imobiliárias, que costumam não informar a movimentação”, ressalta.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que foi apresentada durante o Nordeste Invest 2008 (evento de investimentos turísticos e imobiliários do Brasil), em Olinda, revelou que um total de 646 mil dólares foram aplicados no país, em virtude da compra de imóveis por estrangeiros não residentes no Brasil. O levantamento feito pela FGV, a pedido da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), teve como objetivo analisar a situação do mercado de segunda residência no Brasil por não residentes no país.
O corretor de imóveis Fernando Sávio assegurou que cerca de 30% do volume de negócios realizados pela imobiliária onde trabalho corresponde a investimentos de estrangeiros. A expectativa de crescimento nesse índice está ligado a melhorias na estrutura turística de João Pessoa. “Esperamos um aumento considerável para o próximo ano, pois o governo do Estado divulgou muito as nossas potencialidades em eventos internacionais”, conta.
Segundo a corretora de imóveis, Vânia Fontes, existem dois perfis de estrangeiros que buscam se refugiar nas praias do litoral paraibano. Um deles se refere aos aposentados que costumam comprar principalmente grandes apartamentos e casas em condomínios fechados para passar até seis meses aproveitando as altas temperaturas registradas em João Pessoa. Outro tipo de estrangeiro que aplica divisas no mercado imobiliário da capital paraibana se refere a jovens que, além de passar curtos períodos de férias na cidade, adquirem imóveis para alugar no período em que estão no exterior. As pessoas mais jovens preferem imóveis menores como pequenos apartamentos, com capacidade para até três pessoas. Na capital, estima-se que 40% das construções são destinadas a famílias fisicamente menores, os chamados home services ou flats (imóvel residencial com características de hotelaria). Esses são os preferidos pelos estrangeiros solteiros.
Investidores buscam segurança
Segundo o presidente do Sinduscon, existem dois tipos de investidores estrangeiros adquirindo imóveis em João Pessoa: o que compra para passar temporada com os familiares na cidade; e aqueles que querem apenas fazer especulação imobiliária, ou seja, adquirir determinadas áreas de beira-mar a preço muito baixos com a finalidade de vender após uma maior valorização do empreendimento. “Esse perfil não é bom para o crescimento da cidade, pois não fazem investimentos imediatos, diferentemente de algumas empresas estrangeiras que compram imóveis para construir empreendimentos, gerando assim empregos”, destaca.
Para Irenaldo Quintans, o número de estrangeiros interessados somente em especular ainda é maior do que a quantidade de compradores que visam a usufruir as belezas da cidade. A especulação imobiliária causa prejuízos para a população, como o aumento do custo de vida para a população e a supervalorização do metro quadrado na construção civil.
Já o corretor Fernando Sávio disse que a maior parte dos estrangeiros que procuram a imobiliária Execut deseja adquirir um imóvel para uso. Vânia Fontes, corretora da imobiliária Predial, confirma a informação de Sávio e acrescenta que os maiores compradores são os suecos e noruegueses. “Os portugueses, espanhóis e italianos pesquisam muito, mas nunca fecham negócio”, contou. Fontes reclamou da diminuição, nos últimos anos, na procura dos americanos, por causa da desvalorização do dólar.
O presidente do Sinduscon informou que os próprios estrangeiros inflacionam o preço dos imóveis, que ficam valorizados em até três vezes. “Para eles, os nossos terrenos são muitos baratos. Há cerca de dez anos, depois que os estrangeiros começaram a adquirir terrenos no Litoral Sul, esses imóveis tiveram uma significativa valorização. Quando a cidade se transforma em turística há uma elevação do custo de vida da população nativa, fator que não invalida os inúmeros benefícios do turismo para qualquer cidade, como o aumento de empregabilidade”, observa.
Fortaleza e Natal estão saturadas
O saturamento imobiliário registrado em capitais nordestinas como Fortaleza e Natal, nos últimos anos, configura a causa da maior ampliação tanto do turismo quanto em relação à aquisição de imóveis pelos estrangeiros no litoral paraibano. Os investimentos no setor feitos pelo governo do Estado também contribuem de maneira considerável para o crescimento do setor. Segundo a PBTur (Empresa Paraibana de Turismo), existem várias ações para potencializar os atrativos turísticos e investimentos nas áreas de infra-estrutura, como melhoria na segurança e nas estradas.
O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans, afirmou que essa tendência de crescimento já era prevista com o transbordamento do turismo ocorrido nas demais capitais do Nordeste. Para Quintans, o atraso no desenvolvimento turístico no litoral paraibano se deu por conta da ausência do projeto Costa do Sol, realizado há 20 anos em cidades como Natal e Fortaleza, que objetivou a ampliação da quantidade de leitos dos hotéis e diversas melhorias na infra-estrutura para atender os turistas que visitam essas localidades.
O presidente do Sinduscon-JP explicou que o turismo e o avanço imobiliário estão interligados, já que para adquirir qualquer imóvel em determinado local, os estrangeiros passam longos períodos avaliando as características do lugar que pretendem estabelecer segunda residência. O levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas revela que 79% dos compradores estrangeiros já conheciam as cidades.
O Cabo Branco está entre os bairros escolhidos para aquisição de casas e apartamentos pelos estrangeiros, especialmente os americanos. A corretora de imóveis Vânia Fontes destaca outras localidades que despertam o interesse de turistas do exterior quando visitam a capital. “O Seixas e outras praias do litoral sul têm recebido um número significativo de estrangeiros, tanto para comprar imóveis para residências quanto para investimento, a exemplo de terrenos”, disse.
Além dos valores imobiliários mais baixos do que os registrados em outros litorais nordestinos, o clima e a tranqüilidade da cidade são os atrativos para que esses turistas se tornem investidores e visitantes assíduos.
Segundo o corretor Fábio Henrique, que presta serviço de consultoria de mercado para o Sinduscon-JP, o mercado imobiliário referente à venda de apartamentos em construção ou finalizados movimentou, de janeiro a julho deste ano, R$ 311,407 milhões, o equivalente a mais 1,5 mil unidades vendidas. Cerca de 10% desse montante é relativo a vendas para consumidores estrangeiros, ou seja, R$ 31 milhões. Em 2005, foram movimentados R$ 185 milhões e em 2007 o volume evoluiu para R$ 420 milhões. A expectativa do setor é que até o final deste ano, as vendas cheguem a R$ 700 milhões. “Os números correspondem apenas ao segmento de lançamento de prédios em construção ou concluídos. Os valores são muito maiores pois existem as vendas por particulares e pelas imobiliárias, que costumam não informar a movimentação”, ressalta.
Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que foi apresentada durante o Nordeste Invest 2008 (evento de investimentos turísticos e imobiliários do Brasil), em Olinda, revelou que um total de 646 mil dólares foram aplicados no país, em virtude da compra de imóveis por estrangeiros não residentes no Brasil. O levantamento feito pela FGV, a pedido da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), teve como objetivo analisar a situação do mercado de segunda residência no Brasil por não residentes no país.
O corretor de imóveis Fernando Sávio assegurou que cerca de 30% do volume de negócios realizados pela imobiliária onde trabalho corresponde a investimentos de estrangeiros. A expectativa de crescimento nesse índice está ligado a melhorias na estrutura turística de João Pessoa. “Esperamos um aumento considerável para o próximo ano, pois o governo do Estado divulgou muito as nossas potencialidades em eventos internacionais”, conta.
Segundo a corretora de imóveis, Vânia Fontes, existem dois perfis de estrangeiros que buscam se refugiar nas praias do litoral paraibano. Um deles se refere aos aposentados que costumam comprar principalmente grandes apartamentos e casas em condomínios fechados para passar até seis meses aproveitando as altas temperaturas registradas em João Pessoa. Outro tipo de estrangeiro que aplica divisas no mercado imobiliário da capital paraibana se refere a jovens que, além de passar curtos períodos de férias na cidade, adquirem imóveis para alugar no período em que estão no exterior. As pessoas mais jovens preferem imóveis menores como pequenos apartamentos, com capacidade para até três pessoas. Na capital, estima-se que 40% das construções são destinadas a famílias fisicamente menores, os chamados home services ou flats (imóvel residencial com características de hotelaria). Esses são os preferidos pelos estrangeiros solteiros.
Investidores buscam segurança
Segundo o presidente do Sinduscon, existem dois tipos de investidores estrangeiros adquirindo imóveis em João Pessoa: o que compra para passar temporada com os familiares na cidade; e aqueles que querem apenas fazer especulação imobiliária, ou seja, adquirir determinadas áreas de beira-mar a preço muito baixos com a finalidade de vender após uma maior valorização do empreendimento. “Esse perfil não é bom para o crescimento da cidade, pois não fazem investimentos imediatos, diferentemente de algumas empresas estrangeiras que compram imóveis para construir empreendimentos, gerando assim empregos”, destaca.
Para Irenaldo Quintans, o número de estrangeiros interessados somente em especular ainda é maior do que a quantidade de compradores que visam a usufruir as belezas da cidade. A especulação imobiliária causa prejuízos para a população, como o aumento do custo de vida para a população e a supervalorização do metro quadrado na construção civil.
Já o corretor Fernando Sávio disse que a maior parte dos estrangeiros que procuram a imobiliária Execut deseja adquirir um imóvel para uso. Vânia Fontes, corretora da imobiliária Predial, confirma a informação de Sávio e acrescenta que os maiores compradores são os suecos e noruegueses. “Os portugueses, espanhóis e italianos pesquisam muito, mas nunca fecham negócio”, contou. Fontes reclamou da diminuição, nos últimos anos, na procura dos americanos, por causa da desvalorização do dólar.
O presidente do Sinduscon informou que os próprios estrangeiros inflacionam o preço dos imóveis, que ficam valorizados em até três vezes. “Para eles, os nossos terrenos são muitos baratos. Há cerca de dez anos, depois que os estrangeiros começaram a adquirir terrenos no Litoral Sul, esses imóveis tiveram uma significativa valorização. Quando a cidade se transforma em turística há uma elevação do custo de vida da população nativa, fator que não invalida os inúmeros benefícios do turismo para qualquer cidade, como o aumento de empregabilidade”, observa.
Fortaleza e Natal estão saturadas
O saturamento imobiliário registrado em capitais nordestinas como Fortaleza e Natal, nos últimos anos, configura a causa da maior ampliação tanto do turismo quanto em relação à aquisição de imóveis pelos estrangeiros no litoral paraibano. Os investimentos no setor feitos pelo governo do Estado também contribuem de maneira considerável para o crescimento do setor. Segundo a PBTur (Empresa Paraibana de Turismo), existem várias ações para potencializar os atrativos turísticos e investimentos nas áreas de infra-estrutura, como melhoria na segurança e nas estradas.
O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans, afirmou que essa tendência de crescimento já era prevista com o transbordamento do turismo ocorrido nas demais capitais do Nordeste. Para Quintans, o atraso no desenvolvimento turístico no litoral paraibano se deu por conta da ausência do projeto Costa do Sol, realizado há 20 anos em cidades como Natal e Fortaleza, que objetivou a ampliação da quantidade de leitos dos hotéis e diversas melhorias na infra-estrutura para atender os turistas que visitam essas localidades.
O presidente do Sinduscon-JP explicou que o turismo e o avanço imobiliário estão interligados, já que para adquirir qualquer imóvel em determinado local, os estrangeiros passam longos períodos avaliando as características do lugar que pretendem estabelecer segunda residência. O levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas revela que 79% dos compradores estrangeiros já conheciam as cidades.
O Cabo Branco está entre os bairros escolhidos para aquisição de casas e apartamentos pelos estrangeiros, especialmente os americanos. A corretora de imóveis Vânia Fontes destaca outras localidades que despertam o interesse de turistas do exterior quando visitam a capital. “O Seixas e outras praias do litoral sul têm recebido um número significativo de estrangeiros, tanto para comprar imóveis para residências quanto para investimento, a exemplo de terrenos”, disse.
Assinar:
Postagens (Atom)